- Comportamento social de cavalos: relações diádicas, triádicas e movimento coletivo
A análise do comportamento de animais sociais passou de uma fase em que os grupos eram considerados em sua totalidade, compostos por indivíduos anônimos, para uma fase em que os indivíduos são identificados, e o padrão das interações diádicas, refletem as relações sociais e, em conjunto, resultam na estrutura social de um grupo (Hinde & Stevenson-Hinde, 1976). A partir deste foco na díade e de análise de custos e benefícios, Giraldeau e Caraco (1998) chamam de Economia de Agregação aquelas situações ecológicas em que a proximidade entre os indivíduos aumenta benefício (ou diminui os custos) para cada um dos participantes. Já em outras condições ecológicas os animais vivenciam uma Economia de Dispersão, em que a proximidade diminui os beneficios (ou aumenta os custos) para cada indivíduo. Seguindo esta linha de raciocínio, de Waal (1998) argumenta que o comportamento observado em animais sociais é sempre resultado de um equilíbrio dinânimco entre forças centrípetas (que aproximam os indivíduos) e forças centrífugas (que afastam os indivíduos).Deste modo, a localização dos animais dentro do grupo não parece ocorrer ao acaso, podendo ser resultado do conjunto de interações diádicas e necessidades imediatas de cada indivíduo por recursos. Para além de uma listagem dos benefícios e custos da vida em grupo, há diversos fatores que se interligam e interferem nas interações de grupos sociais, sejam em seus conflitos e reconciliações, sejam em seus movimentos coletivos. Neste projeto serão analisados os comportamentos sociais de um grupo de equinos nestas três dimensões: diádica, triádica e coletiva, com ênfase aos comportamentos considerados socialmente complexos, tais como reconciliação, aliança e consolo.
Pesquisadores Participantes:
Patrícia Cruz Barbalho (doutoranda)
Maria Louyse dos Santos Lopes (graduada, candidata a mestrado)
Denilson Alves Honorato Silva (graduando)
Emanuella Silva (graduanda)
Emanuella Silva (graduanda)
